quinta-feira, março 15, 2007

Meu Primeiro Encontro com Deus

Hoje, pouco mais de três semanas após um susto, tive meu primeiro encontro com Deus.

Sinceramente, viveria outra vida inteira para ter novamente essa oportunidade.

Novo ultra-som: lá estava meu bebê. Dos diversos exames “morfológicos” realizados, passou com louvor em todos. Satisfação! Era tudo que queríamos.

O Bebê cresceu. Tem agora 6,5 centímetros, cabeça, nariz, coração, pernas, pés, mãos, tudo visível.

A platéia aumentou. Além do Papai, da Mamãe e do Dr. Victor, estavam presentes o Vovô e a Vovó.

Por instantes eu achava que a Vovó iria chorar. Segurou. O Vovô tinha um sorriso bobo que poucas vezes vi estampado em seu rosto. A mamãe não sabia muito bem se ria ou se chorava. Eu? Babando, é claro.

Aliás, cem babadores não seriam suficientes para enxugar aquela sala.

Uma babação coletiva, mas plenamente justificada. Era a vida nascendo a partir de nós.

Sim, o verdadeiro e maior milagre da humanidade tomando forma bem diante de nossos olhos e por causa de nós dois.

O bebê iniciou o “evento” um tanto tímido. Pernas cruzadas, mãos sob o queixo. De repente se animou, começou a pular e por um instante estive certo de que nos deu uma aceno pela primeira, quase que dizendo “olá”.

Pouco antes do final, Dr. Victor provocou: “Vocês querem saber o que eu acho sobre o sexo”? – "Sim" – respondeu mais que depressa minha esposa.

“Acho que é... uma menina. Mas, por enquanto, só acho” – Profetizou.

Será? Seja lá como for, é meu milagre, nosso milagre, meu primeiro encontro com Deus!

J. R. Abraham

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O Susto

Há quase três semanas ele veio: o Susto. Rememorou todas as perdas com as quais já sofremos; quatro no total.

Um pequeno sangramento durante a tarde, após uma sacolejante viagem de avião pela manhã. Quando ouvi a voz – naquele momento “sisuda” – da minha esposa ao telefone, por um minuto fraquejei, mas logo passou: “Vamos ao hospital”.

As lembranças de nossa última passagem por lá não eram das melhores: “Está tudo bem”, disse a médica. Quatro dias depois, acabava nosso terceiro sonho.

Mas dessa vez foi diferente.

Pronto-socorro lotado, mas fomos atendidos bem rápido. Tudo aparentemente bem no exame inicial: “Direto pro ultra-som”. Medo...

Lá chegamos e fomos recepcionados de forma magnífica pela Dra. Rita (se eu lembrasse seu sobrenome juro que faria questão de homenageá-la aqui). “Transponder” – acho que é esse o nome - pra lá, depois pra cá, pra cima, pra baixo e... Batimentos Cardíacos presentes (que maravilha ouvir novamente esse som).

Oras, quem diria, parece que a cabeça está se formando?! Mas, o que é aquilo???? Segundo a Dra. Rita, algo que em algum tempo seriam os braços e pernas...

Tudo em paz, era hora de voltar pra casa. E com dor no maxilar de tanto sorrir!

J. R. Abraham

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