segunda-feira, janeiro 15, 2007

“Blogocentrismo”

Hoje fiz uma descoberta importante. Trata-se de uma vertente de auto-conhecimento; um contato íntimo e “imediato de terceiro grau” com o âmago do meu ser (mas sem pornografia e mantendo o heterosexualismo).

Quando iniciei este blog pretendia torná-lo popular, mas, ao mesmo tempo, criei um pseudônimo que protegesse minha intimidade e garantisse que eu escreveria o que quisesse, sem me preocupar com bisbilhoteiros conhecidos.

No início, eu postava e – várias vezes ao dia – consultava o contador de acessos e as parcas mensagens recebidas para medir minha popularidade.

Com o tempo parei com isso. Descobri que o que eu gosto mesmo é de ver meu blog, minhas idéias – as excelentes, as medianas e as patéticas – reunidas e guardadas num mesmo local, acessível de qualquer lugar do planeta.

Em síntese: sou doente, sou um “blogocêntrico”.

Atualmente, pouco me importa se alguém visita ou não o blog. O que me interessa realmente é que ele me permite realmente divagar.

Críticas? To nem aí, Tô nem aí...

Elogios? Sempre bem vindos, mas não imperiosos.

O divertido é postar, postar e postar... sem compromisso, sem horários, sem dias certos, só pelo prazer de ver os pensamentos registrados.

Talvez, depois dos blogs políticos, de humor, de tecnologia, eu tenha inaugurado o blog do narcisismo intelectual. Bom ou ruim? Cada um pense o que quiser. Eu gosto.

E a propósito: “Espelho, espelho meu, existe um blog mais fantástico que o meu?”

“- Não!”

J. R. Abraham

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